CAMINHOS DA VIDA, tem como objetivo registrar alguns dos artigos escritos por AIDA LUZ — militante do Racionalismo Cristão, Filial Seixal, Portugal — que com sua perspicácia, disciplina, determinação e, principalmente, sua sensibilidade aflorada tem sabido utilizar-se da pena para escrever artigos com valorosos ensinamentos, incentivando e elevando todos aqueles que buscam o crescimento espiritual.

A TODAS AS FLORES

Quer sejas cravo, rosa, malmequer, margarida, papoila, lírio ou outra qualquer és sempre bela, tão grande naquilo que encerras, por mais pequena que sejas.
Eu diria mesmo que és o exemplo do universo para a criança inocente, que ainda nada sabe e te olha extasiada.


Contigo, ela poderá aprender que para nascer, tem que haver uma semente, tem que haver germinação, tem que haver o desabrochar para o mundo.

Podes ser flor do campo, não chegares aos salões imperiais, mas nunca deixarás de ser admirada no teu singelo lugar.

Qual criança, pobre pelo nascimento, habitante de um lugar desconhecido, pouco povoado e visitado, mas que nos dá um sorriso de ternura, surgido da inexistência da malícia.

Dir-se-á mesmo que nos desperta um conto de fadas, uma óptima lição a ser desenvolvida, para o ainda fraco entender de uma criança.

Ela sugere-nos belas frases, que poderão ser traduzidas em poesia ou prosa, quando em nada pensamos e apenas delas nos apercebemos.

Ela é a amostra de um Universo em acção.
Quando ainda em botão, ela encerra um grande segredo a desvendar.
Será que ao abrir-se terá a felicidade de ver crianças brincando em seu redor?

Poderá ver pessoas alegres festejando algum acto de valor, uma reunião de mérito?

Será que vai ser espezinhada por botas horrendas de soldados empunhando armas?

Pensemos na sua delicadeza, na sua fragrância que nos delicia e perfuma o ar.

Pensemos na sua cor, nas suas pétalas tão arrumadinhas e tão bem distribuídas, na sua rara beleza que nos encanta e adoça o olhar.

Sua vida é curta, mas não poderemos utilizá-la com uma simples lição de vida?

Também ela é semeada, germinada, criada, se abre na altura própria, se não for ceifada antes do tempo, também ela dá aos outros aquilo que lhe é possível, também ela fenece, e, se transforma para que outras venham a nascer de maneira a perpetuar a espécie.

Não seria bom pensar como seria o Mundo se tudo fossem “flores”? Isto numa certa maneira de falar, claro.

Tanto há que pensar acerca de ti FLOR!!!
Quantas ideias nos despertas e quantos quadros nos fazes idealizar.

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A TODAS AS FLORES
Aida Almeida Lopes da Luz